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segunda-feira, agosto 30, 2004

Ainda há Herois




Liderava a maratona quando um espectador o empurrou contra as barreiras e depois o puxou para o meio da multidão. Ao voltar a corrida, o brasileiro Vanderlei Lima já não conseguiu mais que o bronze, que comemorou como se fosse ouro e sem qualquer protesto. Tal atitude valeu-lhe outra medalha, a Pierre de Coubertin, o prémio “fair play” dos Jogos Olímpicos.
O insólito incidente que envolveu Vanderlei Lima marcou a prova da maratona, no última dia dos Jogos de Atenas. Um homem vestido com o traje tradicional grego agarrou o brasileiro, a sete quilómetros do final e só depois da intervenção policial, conseguiu desembaraçar-se e voltar à corrida. Vanderlei Lima não tinha dúvidas de que, sem aquele episódio, seria o primeiro. "(O espectador) não me feriu, mas quebrou-me o ritmo. Tenho a certeza que ganharia o ouro se não surgisse esse louco", lamentou o atleta. Mas conseguiu o primeiro pódio na maratona olímpica para o Brasil e celebrou a medalha de bronze como se fosse ouro. Impressionado com a atitude, o Comité Olímpico Internacional atribuiu-lhe a medalha Pierre de Coubertin, ”em reconhecimento da excepcional demonstração de fair-play que Lima teve durante a maratona” e pela ”extraordinária demonstração de desportivismo e valores olímpicos”.
em SIConline
Este episódio mostra os dois extremos da condição humana. O indivíduo irlandês mostra-nos a obstinação e o fanatismo, que muitas vezes conduzem o homem à guerra e à falta de respeito pelo próximo. O brasileiro Vanderlei Lima, expressa a vontade de vencer com desportivismo. A forma como comemorou a chegada ao estádio e a conquista da medalha de bronze, quando a medalha de ouro era sua por direito é o exemplo mais bonito de desportivismo que eu vi na vida. Para mim ele é o herói de Atenas!

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